VEJA O RESUMO DA REUNIÃO DE RIFLE INTERNACIONAL NA FINAL DO BRASILEIRO DE 2016

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No dia 11 de novembro de 2016, a Diretoria de Rifle Internacional promoveu uma Reunião Técnica durante a Final do Campeonato Brasileiro, no Hotel Windsor Plaza em Brasília, com a participação de atletas do Tiro de Rifle, árbitros, membros dessa Diretoria e da Comissão dos Atletas da CBTE.

Na pauta, foram abordadas, deliberadas e decididas várias questões relativas as disciplinas de Tiro de Rifle, como regras, competições e planos para os próximos anos.

A intenção da Diretoria de Rifle Internacional é realizar ao menos uma Reunião Técnica ao ano, preferencialmente na mesma época da Final do Campeonato Brasileiro de Tiro Esportivo – CBTE, para que o maior número possível de atletas possa estar presente. As deliberações e decisões tomadas na Reunião Técnica irão pautar as ações da Diretoria de Rifle Internacional para o ano seguinte.

Diretoria de Rifle Internacional

Abaixo segue um resumo do que foi abordado e acordado durante esta reunião:

No dia 11 de novembro de 2016, a Diretoria de Rifle Internacional promoveu uma Reunião Técnica durante a Final do Campeonato Brasileiro, no Hotel Windsor Plaza em Brasília, com a participação de atletas do Tiro de Rifle, árbitros e membros dessa Diretoria e da Comissão dos Atletas da CBTE.

Na pauta, foram abordadas, deliberadas e decididas as seguintes questões:

1) Esclarecimentos sobre a final do Campeonato Brasileiro de F-Class FT-R e Open
A Diretoria procurou estabelecer um critério justo de inserção e participação dos atletas nas provas de F-Class, de forma a não haver uma vantagem indevida a um ou alguns atletas, em virtude de diferenças entre os postos de tiro e/ou ordem e horário de início (relevo do terreno, luminosidade, hora de início etc). A Diretoria reconhece que tais critérios deveriam ter sido criados e divulgados com mais antecedência.

a)Ficou decidido que deve haver critérios objetivos definidos nas regras, acompanhando no possível e razoável as normas internacionais, de forma a promover a competitividade entre os atletas e evitar vantagens indevidas quanto aos postos de tiro, horários, forma de inserção nos postos, divisão em turmas ou tandas e demais aspectos. A Diretoria ficou de estabelecer esses critérios nas regras das disciplinas antes do início das provas de 2017.

2) Necessidade urgente de formação e melhor remuneração dos árbitros
Os atletas, árbitros e dirigentes presentes alegaram que há dois problemas importantes quanto a arbitragem: poucos árbitros e baixo valor de remuneração, o que causa dificuldades aos clubes e aos atletas na realização das provas de Rifle.

a) Ficou decidido que a Diretoria levaria o assunto ao conhecimento da Presidência da CBTE para que promova novos cursos de árbitros em todo o país. Ao mesmo tempo, reconhecendo o enorme tempo dispendido pelo árbitro no estande, em geral o dia todo, em condições por vezes bem difíceis em virtude de calor, chuva e exposição ao barulho, a Diretoria de Rifle Internacional entende que o valor remuneratório dos árbitros, ao redor de R$150,00 é muito baixo, pela quantidade de horas trabalhada e deslocamentos até o estande, e que iria sugerir um aumento nesse valor à CBTE.

3) Proposta de mudanças de regras da prova de Carabina USBR, visando a utilização de apuração eletrônica
Os atletas falaram que a apuração das provas de WRABF são feitas eletronicamente e que por isso são muito rápidas e confiáveis, além de facilmente implementável por qualquer clube, bastando um scanner, computador e o software que é disponibilizado gratuitamente. Porém, o alvo de USBR possui um formato único e peculiar em suas dimensões e que para ser escaneado, as medidas externas do papel teriam que ser alteradas para permitir a apuração eletrônica. Ficou decidido que:

a) Será feito um protótipo de alvo USBR no formato adequado para testes;

b) Serão efetuados teste com os novos alvos para definir se a alteração não altera substancialmente o grau de dificuldade e dinâmica da disciplina, ao mesmo tempo em que a apuração eletrônica funcione adequadamente;

c) Serão feitos esforços para manter a apuração com diferenciação de calibres (4,5 e 5,5 mm) conforme a arma utilizada pelo atirador, uma vez que no momento, o software utilizado possui calibração somente para o calibre 4,5mm.

4) Regras do Campeonato Brasileiro e sua estrutura
Foi falado pelos atletas, árbitros, dirigentes e membro da Comissão dos Atletas da CBTE que há uma necessidade de verificação da atuação dos delegados regionais em algumas localidades e também meios mais eficazes de coibir excessos ou erros flagrantes na condução e/ou apuração das provas e resultados, tendo ocasionado diversos problemas e protestos durante o ano de 2016.

a) Ficou decidido que a Diretoria de Rifle Internacional faria um cadastro próprio de Delegados e Árbitros e manteria um contato permanente com os mesmos, informando-os das regras, divulgando-as, tirando dúvidas e fiscalizando seu cumprimento;

Discutiu-se também a melhoria nas regras referentes aos estandes, sugerindo que qualquer alteração do layout pré-aprovado demande nova vistoria e/ou homologação por parte da Diretoria responsável.
b) A Diretoria de Rifle Internacional irá estudar a questão e propor as demais Diretorias, formas de aprimoramento das regras referentes a qualidade do estande;

Debateu-se o cuidado na seleção do Delegado e rigidez no controle de sua atuação. Foi salientado que o delegado é antes de tudo deve ser parceiro da CBTE e também seu representante, portanto, o não atendimento de uma demanda da Diretoria responsável é uma falta grave, pois as distâncias continentais do país demandam representantes confiáveis para que as provas ocorram de forma legal e normal, mantendo-se sua credibilidade, fundamental para as Provas On Line.

c) A Diretoria de Rifle reiterou a decisão no item a) acima, que cobre esse assunto.

5- Pontos específicos das Regras das disciplinas do Tiro de Rifle
Foi levantado, por vários atletas durante o ano, o fato da limitação nas regras internacionais do peso mínimo do gatilho da carabina na disciplina de Carabina CMP Fogo Circular Sporter (CMP Rimfire Sporter) que é de 3 libras (ou 1,36kgs). Alguns atletas haviam sugerido que esse limite fosse alterado para 1,0kg para ficar o mesmo limite de peso de gatilho das provas de Carabina nas Provas Nacionais.

a) Após deliberação entre os presentes, ficou decidido pela manutenção da limitação da Regra original internacional, com peso de gatilho mínimo de 3 libras (ou 1,36kgs), devido ao fato de que a filosofia da Provas de Rifle Internacionais sempre foi a de adotar regras internacionais para evitar favorecimentos para um ou alguns determinados grupos ou indivíduos. Além disso, sendo uma prova internacional que apresenta um expressivo crescimento no número de participantes, caso atletas brasileiros fossem competir no exterior, se veriam obrigados a utilizar gatilhos com o peso mínimo da regra internacional. Além do mais, arguiu-se que não são 360 gramas a mais no peso do gatilho que será o fator determinante da performance do atleta, uma vez que na Carabina CMP Fogo Circular Sporter e na de Carabina Mira Aberta, a habilidade do atleta é o elemento mais importante para uma boa performance. Salientou-se também que deve ser disponibilizado um aparelho adequado para aferição do peso dos gatilhos pelos Clubes e no Campeonato Brasileiro.

b) A Diretoria iria estudar e apresentar um dispositivo que seja viável para serem disponibilizados ou adquiridos pelos Clubes e atletas.

Ainda na disciplina Carabina CMP Fogo Circular Sporter, foi dito que a tradução da regra não esclarece satisfatoriamente os tipos de bandoleiras permitidos nessa disciplina.

c) Decidiu-se que as regras iria ser revistas e atualizadas para melhorar os esclarecimentos quanto ao uso de bandoleira e luvas na prova de CMP Rimfire;

Outro ponto levantado foi sobre a necessidade imperiosa de que sejam disponibilizados os scoring gages, (padrões de aferidores de furos no alvo), uma vez que várias as disciplinas do Tiro de Rifle Internacional necessitam desses instrumentos para definir a pontuação correta dos tiros nos alvos.

d) Ficou decidido que a Diretoria de Rifle Internacional iria fazer orçamentos para fabricação dos scoring gages no Brasil para que os mesmos sejam oficiais da CBTE e assim disponibilizados aos Clubes e atletas.

Por último, quanto a pontos específicos das regras das disciplinas, levantou-se a possibilidade de haver nas regras, a previsão expressa de qualidade e dimensões mínimas das mesas para as disciplinas de Benchrest.

e) Ficou decidido que a Diretoria de Rifle Internacional iria estudar o assunto e disponibilizar projetos de mesas adequados para a prática de Benchrest, para referência dos clubes.

6- Participação de atletas em Campeonatos Mundiais de F-Class e WRABF
Foram levantadas diversas questões sobre a participação de atletas em Campeonatos Mundiais, especialmente de F-Class e WRABF, como por exemplo, como formar as equipes? Que tipo de custos, verbas e planejamento seria necessário? Como é a dinâmica no exterior com armas de fogo e munição? Viabilidade de Convênio via CBTE de médio e longo prazo? Dentre outras questões. Foi deliberado e decidido que:

a) É viável tentar um Convênio via CBTE de médio prazo (4 anos), e que tal questão seria levada adiante pela Diretoria junto a CBTE e órgãos públicos.

b) Sobre a dinâmica de viajar ao exterior com armas e munições, foi explicado a dificuldade logística no caso de F-Class, uma vez que as competições importantes (Nationals e World Championship) demandam entre 500 e 800 cartuchos e que o peso dessa munição excede em muito o limite de embarque em aviões comerciais (5kgs por passageiro até o máximo de 25kgs totais no avião) e que portanto o atleta de F-Class é forçado a recarregar os 500 a 800 cartuchos no país da competição, usando componentes locais. A logística disso exige o transporte do Brasil na bagagem do atleta de prensa de recarga, dies, balança e diversos outros equipamentos de recarga, estabelecer um local apropriado no local da competição para recarregar e um número de dias extras para se ter o tempo necessário para recarregar e testar a munição usando pólvoras diferentes da nacional. Outro ponto levantado é que enquanto no Brasil, por falta de estandes de longa distância, atira-se na distância máxima de 300 metros, as competições no exterior ocorrem nas distâncias de 600, 800, 900 e 1000 metros (ou jardas), o que resulta que o rifle do atleta tenha um cano de no mínimo 28 polegadas de comprimento para que o projétil tenha velocidade suficiente para uma performance aceitável nessas distâncias, diferente dos canos de 20 a 26 polegadas comumente usados no Brasil, que promovem velocidades adequadas à distância de 300 metros no Brasil. Essas e outras questões acabam por tornar o custo final de uma viagem para competir nos EUA extremamente alto. O resultado disso é que atualmente há somente um pequeno número de atletas de F-Class que possuem condições de investir os valores, o tempo e a energia necessárias para uma viagem de competição de F-Class no exterior. No caso de Benchrest, tais questões também existem, embora em menor escala por conta de não ser necessário recarregar munição (no caso do .22LR) ou mesmo por não haver restrições para o chumbinho nas companhias aéreas.

c) Quanto a formação de Equipe Brasileira para participar de competições no exterior, ficou decidido que no momento, conforme explicado no item b), devido ao pequeno número de atletas em condições de investir o tempo, a energia e os valores necessários para uma viagem dessa natureza, não há necessidade de seletivas para formação de equipes. Os próprios atletas podem se organizar para competir individualmente, ou por equipe, nessas competições, informando a CBTE, conforme especificado no Estatuto. Entretanto, caso surja a necessidade de se estabelecer critérios para participação nesses eventos por atletas brasileiros, seja de forma individual ou por equipe, serão adotados critérios objetivos a serem definidos pela Diretoria de Rifle Internacional quanto a disponibilidade de vagas para atletas e/ou equipe brasileira, quantidade mínima de dias para a viagem, adequação mínima do equipamento do atleta, disponibilidade financeira para arcar com os custos da viagem e evento e, pelo lado subjetivo, a educação, correição e espírito de equipe do atleta com os demais atletas, técnicos e dirigentes da Diretoria de Rifle Internacional e demais membros da CBTE.

d) Em relação a possíveis convênios ou projetos junto a CBTE visando as competições internacionais, ficou decidido que a Diretoria, junto com o atleta Cassiano Pyles, que se voluntariou, irão fazer um estudo e listar todos os custos, necessidades, eventos e competições visando os Campeonatos Mundiais de Benchrest em 2019 e de F-Class em 2021, para tentar viabilizar e garantir de forma adequada a preparação e participação dos atletas brasileiros, individualmente e por equipe, nesses eventos internacionais.

7- Campeonato Sul Americano de F-Class
Foi brevemente relatado a intenção da CBTE e da Diretoria de Rifle Internacional em realizar um Campeonato Sul Americano de F-Class no Brasil, na cidade de Tupanciretã, onde foi construído um estande de 300, 500 e 600 metros, permitindo fazer uma competição completa de F-Class Mid Range. Infelizmente, os representantes deste estande não puderam estar presentes nesta Reunião. Entretanto, foi reforçada a intenção da CBTE e da Diretoria de Rifle Internacional de realizar todos os esforços para a realização deste evento em 2017.

A reunião se encerrou as 22h03min, com a participação dos seguinte atletas, dirigentes de clubes, árbitros, membro da Comissão de Atletas da CBTE e membros da Diretoria de Rifle Internacional:

Luís Renato de Carvalho Leite Campos (RJ)
Flávio Cunha Vieira Gonçalves (MG)
Alberto Veroneze (SP)
Cassiano Pyles Machado (SP)
Marcelo Murias de Carvalho (SP)
Rodolpho Stuckert (DF)
Odair Oliveira de Sá (SP)
Marcos Basso (SP)
Edgard da Silva Neto (SP)
Carlos Guedes (DF)
José Eduardo de Aguiar (MG)
Pedro Júnior Ashidani (MG)
Paulo Otávio Alves Ashidani (MG)
Walter José de Almeida (MG)
Alwin David Bok (SP)
Flávio Nunes Campos (RS)

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