O trabalho da arbitragem é fundamental para o sucesso das competições de tiro esportivo. E desde os Jogos Olímpicos Rio 2016 a arbitragem brasileira vem se destacando cada vez mais nas competições internacionais realizadas pela Federação Internacional de Tiro Esportivo (ISSF), Confederação Americana de Tiro (CAT) e Confederación Sudamericana de Tiro (CST).
Os pilares para o sucesso desse trabalho estão baseados num excelente planejamento, organização, aprendizado e execução da Diretoria de Arbitragem de Carabina, Pistola e Rifle da CBTE comandada por Wissam Elias Maalouf. Um aprendizado que começa nos Cursos de Formação de Árbitros até chegar nas competições nacionais.
“A partir de março vamos abrir os cursos on-line. Possivelmente num total de 100 vagas sendo 50 para as provas Nacionais, 30 para provas de Rifle Internacional e 20 para provas ISSF. Também temos os cursos presenciais que podem ser solicitados pelas Federações, com duração de três dias. Já temos a previsão para realizar em São Paulo e no Paraná”, explica Wissam.
Na Etapa Final do Campeonato Brasileiro de Carabina, Pistola e Rifle, realizado no Centro Militar de Tiro Esportivo (CMTE), no Rio de Janeiro, os melhores árbitros do Brasil dividiram o espaço nos estandes com a nova geração da arbitragem. E mais uma vez foi um sucesso esse trabalho em conjunto.
“Trouxemos 40 árbitros e nove árbitros estagiários de 13 estados do Brasil. Na verdade o objetivo é trazer árbitros de vários lugares para praticar e ganhar know how numa grande final. Ao mesmo tempo criamos uma cultura em cada um de integração. Dessa forma, quando retornarem aos seus estados vão ter a oportunidade de passarem essa experiência aos outros árbitros. É uma forma da CBTE garantir um pouco de expansão, qualidade e difundir o nosso trabalho, além deles se conscientizarem de vestir a camisa”, enfatiza Wissam.
O dirigente destaca o trabalho desenvolvido pela CBTE ao mesclar árbitros novatos com os mais experientes nas principais competições.
“A CBTE está sempre dando oportunidade aos novatos para que possam adquirir experiência em conjunto com os árbitros mais antigos. Essa turma nova precisa entrar em campo mesmo para aprender. Senão aprenderem metendo a mão na massa não vão ter a oportunidade de ter essa consciência e amadurecimento”, explica.
Wissam ressalta ainda que o trabalho do árbitro numa competição é fundamental porque é ele que vai fazer o evento acontecer. Mas o dirigente esclarece que o árbitro, acima de tudo, é um voluntário, porque ninguém vive de arbitragem.
“O árbitro está lá porque quer, porque gosta, porque ama essa função. E é um trabalho duro que começa às 7 horas da manhã. Nós somos os primeiros a chegar e os últimos a sair do local da prova. Vamos ter dias de trabalho de até 14 horas. O árbitro é o responsável por aplicar o regulamento da prova e manter a igualdade entre os competidores”, completa o dirigente, com 23 de seus 53 anos dedicados à arbitragem.