O presidente da Comissão de Atletas da CBTE, Cassio Rippel, participou nesta terça-feira, em Brasília, da Audiência Pública em atendimento ao requerimento de autoria dos deputados federais Luiz Lima (PL – RJ) e Maurício do Vôlei (PL – MG). O objetivo da reunião foi debater com os Presidentes das Comissões de Atletas das Confederações Esportivas Olímpicas do país a participação e governança nas entidades.
Em sua apresentação, Cassio que é atleta olímpico (Rio 2016) e medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Toronto (2015), destacou que o tiro esportivo conta com mais de 21 mil atletas filiados à CBTE. Desse total, cinco mil participam do Campeonato Brasileiro e mil disputam a etapa final presencial, que são efetivamente os que competem pelo título de Campeão Brasileiro nos 74 eventos, sendo 15 olímpicos organizados pela Confederação.
A Comissão de Atletas da entidade tem um canal direto com os atletas de todo Brasil por meio do site e de um e-mail direto.
“A Comissão de Atletas da CBTE é composta por oito membros e nós temos representatividade e voto dentro da Assembleia Geral, do Conselho de Administração, do Conselho Fiscal e das diretorias técnicas de Carabina e Pistola, de Tiro ao Prato e de categorias especiais. Isso é importante porque essa representatividade e a relação que existe com a diretoria da entidade é de total interdependência. Ela é necessária e importante porque nós, atletas, passamos a ser ouvidos, além disso existe uma integração entre a diretoria da entidade e os atletas”, explica Rippel, que está em seu segundo mandato como presidente da Comissão de Atletas da ISSF.
Cassio lembrou aos presentes que todos da Comissão de Atletas da CBTE são efetivos e isso é um dos benefícios da modalidade.
“Aproveitando, o tiro esportivo está de portas abertas para todos. Então quem quiser começar, nós temos campeões olímpicos com 58 anos. É um esporte eclético e democrático para todas as idades”, pontuou.
Também membro do Comitê Olímpico Internacional (COI), Cassio agradeceu a efetivação feita no Brasil, por meio de lei, que garante que 1/3 dos votos dos colégios eleitorais das confederações esportivas seja exercido por atletas.
“O fato de estarmos todos nós aqui falando, debatendo e tendo voz, não tem como mensurar. Posso dizer isso de cadeira porque é muito satisfatório quando conseguimos conversar e sermos ouvidos do outro lado da linha, já tive experiências contrárias no passado na Federação Internacional”.
