Depois de cinco dias de aulas teóricas, chegou a hora da parte prática do Curso para Formação de Treinadores de Carabina e Pistola ISSF. Nesta terça-feira, os técnicos ISSF da Federação Portuguesa, Francisco Silva e Luís Filipe Bastos, ministraram as primeiras aulas no estande de 10m do Centro Militar de Tiro Esportivo (CMTE), em Deodoro. Na parte da manhã o treinamento foi com Pistola, enquanto na parte da tarde foram usadas as Carabinas.
“Na parte da Carabina fizemos pequenas intervenções porque o grosso dos treinadores são praticantes de Pistola, ou seja, tem alguma dificuldade na Carabina porque não tem tanta ligação no dia a dia. Mas todos sabiam reconhecer o erro e a causa, como corrigir e melhorar”, disse Luís Felipe.
Uma das atividades da aula prática foi uma pequena “competição”, onde os participantes foram divididos em três equipes. Em seguida um dos integrantes de cada time foi escolhido para participar de prova de 20 tiros de Carabina durante 20 minutos. Ao final de uma “disputa” equilibrada, o vencedor foi a equipe do atleta de Pistola Vladimir Silveira.
“Foi a primeira vez em 22 anos no tiro esportivo que peguei numa Carabina e vesti um casaco de competição. Foi uma experiência única e totalmente diferente porque é uma modalidade bem mais minuciosa e são necessários vários ajustes. O atleta e o treinador têm que conhecer muito sobre Carabina porque são muitos detalhes para conseguir alinhar, estar numa posição estável. Eu que sou da Pistola foi bem complexo pra mim”.
Mas para conseguir a vitória na prova, Vladimir contou com as orientações e dicas importantes de sua equipe.
“Se não fosse a equipe ali ia ficar complicado. Cada um contribuiu de uma forma e fui assimilando cada detalhe. É claro que tínhamos três carabineiros que me ajudaram bastante. Os três para ajustar, outro para trabalhar tiro a tiro, falando o que eu tinha o que fazer. Gostei muito e foi legal o trabalho de equipe”, comemora Vladimir.
O técnico Luís Felipe Bastos destaca a importância do trabalho de equipe.
“No tiro esportivo quando não há um técnico que acompanhe o atleta, ele cria uma imagem que lê nos livros, na televisão e por aí afora. E isso é ruim porque o atleta começa a fazer uma formação com base em erros. E depois de alguns anos esses erros são muito difíceis de alterar. Por isso, é muito importante ter uma equipe preparada para trabalhar com o atleta bem e sem erros”.
De acordo com a programação, o curso tem a duração de dez dias e um total de 60 horas e meia, sendo 29 horas e meia de Pistola (16h de aula prática e 13h teórica) e 31 horas de Carabina (14h práticas e 17h teóricas). Ao final do curso, os participantes receberão certificado em formação de Carabina e Pistola.
O Curso para Formação de Treinadores de Carabina e Pistola ISSF tem o apoio do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e prossegue até sábado à tarde quando serão realizadas aulas últimas práticas no CMTE.
