Após dois anos de formação educativa sobre a Resolução ABCD nº 2/2020, que trata sobre os casos envolvendo o uso por atletas de produtos supostamente contaminados, a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) passa a não receber mais produtos abertos para análise do Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD). Caso o atleta decida ingerir suplemento, por conta e risco, deve guardar um produto lacrado do mesmo lote para controle e possível análise laboratorial.
Segundo a entidade, entre 2019 e 2021 passaram pela ABCD 11 casos de atletas que testaram positivo no controle de dopagem relacionados a produtos contaminados. A ABCD alerta os atletas sobre os riscos e consequências do uso de suplementos, fitoterápicos ou produtos manipulados, conhecidos como “produtos naturais”, que podem conter substâncias proibidas não indicadas nos rótulos do produto.
Segundo o Código Brasileiro Antidopagem, os atletas são responsáveis por todas as substâncias que entram em seu organismo, independentemente da intenção, culpa ou comprovação de uso de produto contaminado.
“A ABCD, no processamento de potenciais violações à regra antidopagem, vem observando a incidência de casos envolvendo produtos supostamente contaminados. Replicando a conduta internacional, não recomendamos o uso de qualquer desses produtos pela insegurança e riscos atrelados”, alerta a secretária nacional da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), Luisa Parente.
A ABCD orienta que os atletas procurem um profissional de saúde para saber sobre a necessidade, bem como as implicações do uso na condição de atleta, além de realizar uma busca na internet sobre os ingredientes constantes na composição do produto.
A secretária alerta que os produtos podem sofrer contaminação por substâncias proibidas no momento de sua fabricação e estabelecimentos irregulares podem não adotar protocolos de segurança e higiene, e todos são fiscalizados e podem sofrer multa e outras sanções da Anvisa.
“Vendas exclusivas pela internet, produtos sem lote, sem data de fabricação, sem descrição de composição, promessas exageradas como ‘perca 5 kg em uma semana’ e produtos que prometem estimular a produção de hormônios são indícios de possíveis produtos irregulares”, finaliza Luisa Parente.
Fonte: Assessoria de Comunicação – Ministério da Cidadania
📸 Roberto Castro / Ministério da Cidadania