Daqui a 200 dias, mais precisamente em 26 de julho, a delegação brasileira, organizada pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB), estará navegando pelas águas do Rio Sena, na capital da França, na Cerimônia de Abertura dos próximos Jogos Olímpicos. O Brasil tem, até agora, 145 vagas conquistadas para Paris 2024 em 25 modalidades, sendo 93 vagas femininas e 45 masculinas, além de outras 10 mistas (hipismo). Esse número deve aumentar bastante até o início da competição, já que a expectativa é que o país seja representado por cerca de 330 atletas.
“Uma das metas é superar o número de atletas que participaram dos Jogos Olímpicos de Tóquio, foram 301 lá. Lógico que dependemos muito das modalidades coletivas. Então, vamos buscar algumas classificações importantes como a do futebol masculino no pré-olímpico em janeiro e do handebol masculino, que infelizmente não conseguiu superar os nossos grandes rivais nas Américas, a Argentina, em março. A gente gosta de grandes desafios. O esporte brasileiro está se acostumando a isso, a ir buscar as metas. Estamos vendo uma grande evolução, que é sólida, consistente, e isso nos motiva ainda mais”, disse Rogério Sampaio, campeão olímpico e diretor-geral do COB.
Os pré-olímpicos de futebol e de handebol são apenas algumas das importantes competições em que o Time Brasil estará representado até o início dos Jogos Olímpicos. Os melhores atletas do país estarão rodando o mundo em busca da classificação para Paris e, por isso, é importante ficar ligado no calendário de competições do primeiro semestre. Devido ao ciclo olímpico mais curto, alguns tiveram que acelerar seus processos.
“Há tempo ainda para fazermos pequenas intervenções, de ajustes finos nos planejamentos de treinamentos, na discussão entre as equipes multidisciplinares que cercam esses atletas. Cada um deles tem um planejamento individualizado e a busca é pelos pequenos detalhes para que cada classificado possa ter a melhor performance da vida nos Jogos Olímpicos. O que interessa para nós é isso. Se vai chegar na medalha ou não é um detalhe, mas ele tem que chegar preparado para fazer o melhor”, enfatizou Ney Wilson, diretor de Alto Rendimento do COB.
O histórico desempenho nos Jogos Pan-Americanos, quando o Brasil se manteve como segunda força do continente ao bater o recorde de ouros e de medalhas trouxe boas perspectivas para Paris. Além disso, o Brasil conquistou 20 medalhas em Campeonatos Mundiais ou competições equivalentes em 2023, considerando as provas que estão no programa dos próximos Jogos Olímpicos. A ginástica artística foi a modalidade com mais medalhas (6). Atletismo, boxe, judô, surfe, skate, taekwondo, tiro com arco e vôlei de praia foram as demais modalidades que subiram ao pódio em mundiais. A ginástica rítmica também teve excelente desempenho, se colocando entre as potências do mundo.
O objetivo de evoluir em relação a Tóquio 2020, em que o Brasil conquistou 21 medalhas, sendo sete de ouro, exige uma atenção ainda maior aos detalhes nesse período final de preparação. “O esporte brasileiro está se acostumando a isso, a ir buscar as metas. Estamos vendo uma grande evolução e isso nos motiva. Agora estamos no período de ajustes finais para Paris 2024 e isso traz um sentimento de ansiedade, mas também de confiança”, completou Sampaio.
Como já vem acontecendo há algumas edições olímpicas, o COB montará na França uma base de apoio fora da Vila Olímpica, neste caso, a apenas 600m de distância, em St. Ouen, onde serão ofertados uma série de serviços de performance à delegação. Entre as principais facilidades, estão acesso a comida brasileira, recepção para familiares e amigos e estrutura de treinamentos para modalidades como boxe, vôlei de quadra, esportes de combate.
“O COB não medirá esforços para oferecer as melhores condições de preparação nesta reta final a nossos atletas e equipes. Temos muita confiança no nosso trabalho e na capacidade dos nossos profissionais. Vamos com tudo em 2024”, declarou Paulo Wanderley, Presidente do COB.
Foto: Wander Roberto (COB)